Em depoimento à Polícia Civil, Izadora Alves de Faria, de 30 anos, contou que há algum tempo já tinha intenção de matar as filhas Maria Alice, de 6, e Lavínia Souza, de 10, em Edéia, no sul de Goiás. De acordo com o delegado Daniel Moura, a mulher tentou comprar uma arma de fogo para cometer o crime.
Com arma de fogo, segundo ela, ela cometeria os homicídios e tiraria a própria vida de forma mais rápida. Facilitaria [o crime], nesse sentido”, relatou Daniel.
O g1 não conseguiu contato com a defesa de Izadora até a última atualização desta reportagem. O Tribunal de Justiça de Goiás informou que não há um advogado habilitado no processo. A Defensoria Pública disse que também não atua na defesa da mulher.
Izadora prestou depoimento e foi encaminhada ao presídio de Israelândia na última quarta-feira (28), horas depois do crime. Ao delegado, a mulher disse que envenenou, tentou eletrocutar as meninas dentro de uma caixa d’água com fios elétricos e, em seguida, afogou e esfaqueou as crianças para garantir que elas tinham morrido.
Em uma publicação feita no dia 27 de julho deste ano em uma rede social, Izadora compartilhou a foto de um laudo psicológico que a considerou apta para manuseio de arma de fogo. No dia seguinte, a mulher postou a captura de tela de um aplicativo que mostrava mensagens com despachantes de armas de fogo.
O g1 tentou contato com a psicóloga que assinou o laudo, por mensagem e ligação às 8h49 desta sexta-feira (30), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
O delegado Daniel Moura explicou que Izadora não chegou a ter acesso à arma, mas a polícia vai ouvir novas testemunhas para esclarecer porque ela não conseguiu ter a posse. Questionada, a mulher teria falado que tinha a intenção de matar, mas não disse desde quando e como surgiu esse pensamento. fonte:g1go
Cena bárbara
O pai das crianças disse à polícia que achou as filhas mortas debaixo de um cobertor quando chegou em casa para almoçar. Segundo o delegado, ele disse que saiu para trabalhar pela manhã e estranhou quando voltou e encontrou o portão trancado. Logo depois, ele viu vestígios de sangue e achou as meninas em um colchão.
“O pai estranhou, porque ele sempre deixa o portão aberto. Ele chamou pela esposa, ninguém respondeu. Quando ele abriu, ele viu que tinha um colchão com cobertor na área da frente. Quando ele tirou o cobertor, ele viu que as duas filhas estavam mortas”, disse o delegado.